Participantes de workshop aprenderam como analisar a assistência de prestadores para aprimorar as negociações
A compreensão e a abordagem dos Transtornos do
Neurodesenvolvimento, especialmente o autismo, têm sido um desafio constante
nas Operadoras de Saúde, impactando diretamente a qualidade do atendimento e a
eficiência dos serviços. Para enfrentar esse desafio, a Unimed Federação Centro
Brasileira promoveu um workshop inovador sobre Análise do Comportamento
Aplicada, nos dias 6 e 7 de novembro, na sede da entidade.
Durante o evento, técnicos e gestores dos serviços TEA das
Unimeds Federadas tiveram a oportunidade de aprender com a psicóloga Beatriz
Costa sobre a aplicação de Práticas de Análise do Comportamento Aplicada, com o
objetivo de fortalecer a assistência, aprimorar a avaliação de prestadores e
otimizar as negociações. O resultado esperado é um atendimento mais eficaz, que
não apenas atenda às necessidades dos beneficiários, mas também contribua para
a sustentabilidade do sistema de saúde, mitigando fraudes e desperdícios.
Especialista em neuropsicologia e supervisora CABA BR, ela
apresentou como deve ser a formação de um terapeuta do ramo, a estrutura da
clínica e até mesmo as condutas e participação dos pais.
“Com conhecimento, as equipes da Unimed conseguem mitigar
fraudes nos processos terapêuticos, assim como ter entendimento para negociar a
redução de custos e garantir a qualidade da intervenção”, afirmou.
Uma das dificuldades mais comuns relatadas pelos
participantes foi encontrar profissionais capacitados. “Temos problemas com a
capacitação e formação online. Por ser interior, é difícil achar profissionais
de qualidade nessa área, que realmente se importem com os pacientes”, contou
Naiara Gonçalves, supervisora de Contas Médicas da federada Unimed Regional Sul
Goiás.
Entender para negociar
Na federada Unimed Araguaína, os desafios são os mesmos. A
falta de padronização técnica das clínicas, de acordo com o que define a
Associação Brasileira de Ciências do Comportamento (ABPMC), é uma questão
cotidiana.
No entanto, em 2024, foi inaugurado o Espaço Bem Viver, de
assistência própria da operadora para os beneficiários. Com isso, foi possível
também aprimorar o contato com os prestadores.
“Temos o serviço, sabemos o que é correto e conseguimos
exigir. Se conseguimos fazer, outras clínicas também conseguem”, defendeu a
psicóloga Beatriz Alves, que é coordenadora do Espaço Bem Viver.
A qualidade da terapia ofertada também se tornou um foco.
“Não é só deixar o paciente permanecer por muito tempo (na terapia). A alta é
importante, assim como a busca pela autonomia dessas crianças”, acrescentou a
também psicóloga Sthefany Monteiro, que atua como supervisora no Espaço Bem
Viver.
Esse é um exemplo de que o conhecimento do cenário de
terapia ABA é fundamental para negociar, como explicou Beatriz Costa. “As
operadoras podem mostrar seus conhecimentos em terapia para negociar. Mostrar
que a Unimed precisa do prestador, mas o prestador também precisa da Unimed”.
Esse workshop é um passo importante na busca por soluções
inovadoras e eficazes para os desafios enfrentados pelas Operadoras de Saúde, e
reflete o compromisso da Unimed Federação Centro Brasileira com a excelência e
a qualidade no atendimento à saúde.
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