Fim de ano deve ter 14 mil empregos temporários em Goiás, diz sindicato

Pelo menos 5 mil pessoas devem ganhar uma vaga provisória em Goiânia. Apesar da crise econômica, estimativa manteve mesmos números de 2014


Lojas e comércios goianos pretendem contratar pelo menos 14 mil funcionários temporários no estado neste fim de ano, segundo o Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas). Só em Goiânia, a estimativa é que pelo menos 5 mil pessoas serão recrutadas para trabalhar na época de maior movimento no comércio do país.

Apesar da crise ter se agravado em muitos setores da economia do país, a projeção de vagas feitas pelo sindicato é a mesma do ano passado. De acordo com o presidente do sindicato, José Carlos Palma, momento que o país enfrenta pode ser um ponto positivo para quem entra como funcionário temporário.

“Muitos empresários estão insatisfeitos com a produtividade de membros da equipe, se entra um temporário que se destaca, a chance do chefe efetivá-lo é bem maior”, afirma o presidente.

Segundo informações do Sindilojas, 90% das vagas oferecidas são para o cargo de vendedor. Mas, de acordo com o presidente da entidade, há vaga para estoquista, operadores de caixa e várias outras funções.

A diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos em Goiás (ABRH-GO), Edna Mesquita, diz que muitas vezes os candidatos chegam desmotivados nas seleções para vagas de emprego. “Chegam para a seletiva inseguros e muitas vezes não conseguem revelar o potencial que existe dentro eles”, diz a diretora, que também é gerente de Recursos Humanos de uma rede de lojas de calçados do estado.

Como gerente, Edna conta que todos os anos são dezenas de vendedores temporários que acabam se tornando parte do efetivo da empresa. Ela afirma que pessoas que se mostram confiantes, esperançosos e otimistas tem mais chance de ganhar a vaga. “Tem que ter vontade, foco e ambição para crescer, principalmente no segmento de varejo, que há muita possibilidade de crescimento”, comenta.

Ex-temporários
A vendedora Priscila da Cruz Mesquita, de 28 anos, é um exemplo de funcionária que entrou na empresa de forma provisória e no próximo mês já completa um ano de loja. “Quando fiquei sabendo que estavam recebendo currículos, achei uma ótima oportunidade, primeiro porque precisava de imediato, mas também pela chance de efetivação”, conta Priscila.
Priscila e Letierry foram efetivados em loja depois do período temporário (Foto: Murillo Velasco/G1)

Ela foi contratada no final do ano passado para trabalhar apenas por dois meses, como reforço da equipe durante as vendas de natal. Com trabalho em destaque, Priscila foi chamada no departamento de recursos humanos e informada que poderia continuar como titular da equipe. “Eu fiquei muito feliz, porque me dediquei para que isso acontecesse”, comenta.

O colega de trabalho da Priscila, o vendedor Latierry Guimarães, 30 anos, foi contratado na mesma época que ela e também continuou no emprego. Hoje ele diz que se sente realizado e que os funcionários temporários que pretendem ficar têm de ser competentes e continuarem eficientes caso sejam contratados.

“Não adianta fingir que é uma coisa durante o período de experiência, no reforço de fim de ano, e depois de efetivado se transformar, afinal, mentira tem perna curta”, brinca o vendedor.

A gerente de recursos humanos da loja reafirma que quanto mais energia, maior a chance de ficar. “Precisamos de pessoas alegres, esse é o maior desafio dos recrutadores, encontrar gente alegre, com potencial resiliente e disposta”, afirma.

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