Unidade realizou 76 atendimentos antirrábicos de janeiro a agosto e destaca a importância da vacinação de animais
Infectologista do Hetrin reforça orientações sobre prevenção e cuidados contra a Raiva Humana. (Foto: Débora Alves/IMED)
No mês em que se celebra o Dia Mundial Contra a Raiva, 28 de setembro, o Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), reforça orientações sobre prevenção e cuidados contra a doença. A raiva é uma das enfermidades mais letais do mundo, com quase 100% de mortalidade, e é transmitida ao ser humano por animais domésticos ou silvestres não vacinados.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está há quase 10 anos sem registros de raiva humana transmitida por cães, superando o prazo de cinco anos exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para declarar uma área livre da doença. “A raiva é uma infecção aguda causada por um vírus, e sua transmissão acontece quando ocorre uma mordida, lambida ou contato com fluidos corporais de animais contaminados”, explica a infectologista do Hetrin, Pâmella Wander.
Sintomas e cuidados
Entre os sintomas mais comuns estão febre, fadiga, mal-estar e dor ao engolir. Nos casos mais graves, quando não há intervenção, podem surgir confusão mental, dor de cabeça intensa e agitação. “Em caso de suspeita ou acidente com animais, é crucial procurar imediatamente auxílio médico para iniciar as medidas necessárias. Quando possível, também será feita a avaliação do animal transmissor. É fundamental não interromper o tratamento”, reforça a infectologista.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2025, o Brasil registrou 50 casos de raiva humana. Os morcegos foram responsáveis pelo maior número de transmissões, com 22 ocorrências, seguidos por macacos e ratos.
Apesar de a transmissão estar controlada, os acidentes ainda ocorrem. De janeiro a agosto deste ano, o Hetrin realizou 76 atendimentos antirrábicos. Pâmella destaca que a prevenção é a forma mais eficaz de combate à doença. “É essencial manter o cartão vacinal de todos os animais atualizado. Sempre que houver campanhas, vacine seus animais. E, caso encontre animais silvestres mortos, evite o contato e comunique as autoridades locais”, orienta.