O colesterol alto é uma condição que afeta cerca de 4 em cada 10 brasileiros
adultos, segundo dados do Ministério da Saúde, e está diretamente associado a
doenças cardiovasculares como infarto, AVC e obstruções arteriais — principais
causas de morte e incapacidade no país. O alerta é para a prevenção e o
diagnóstico precoce, já que o problema não causa sintomas e pode afetar mesmo
pessoas magras e fisicamente ativas.
“O colesterol é uma molécula de gordura
necessária para a construção celular e a produção de hormônios e vitaminas. Mas,
em excesso, especialmente o LDL, conhecido como ‘colesterol ruim’, pode se
acumular nas artérias e causar sérias complicações. Já o HDL, o chamado
‘colesterol bom’, tem efeito protetor, auxiliando na saúde dos vasos
sanguíneos”, explica a cardiologista e diretora médica do Hospital Encore,
Débora Rodrigues.
Os níveis elevados de gordura no sangue podem ter origem tanto na alimentação rica em gorduras de origem animal quanto em fatores genéticos.
“Algumas pessoas podem
ter colesterol alto mesmo com dieta balanceada e prática regular de atividade
física. Isso acontece por conta de alterações hereditárias no metabolismo do
fígado”, esclarece a médica.
A prevenção passa por hábitos de vida saudáveis,
com alimentos como azeite de oliva, peixes como salmão, castanhas, frutas e
vegetais, além de exercícios físicos regulares.
“O estresse emocional também
pode impactar negativamente os níveis de colesterol, pois ele desregula o
metabolismo, aumentando os níveis de colesterol mesmo sem mudanças na
alimentação”, observa Rodrigues.
Segundo a cardiologista, o rastreamento deve
começar aos 10 anos de idade, especialmente em crianças com obesidade ou
histórico familiar. Na adolescência, os níveis também devem ser monitorados, já
que o número de jovens com colesterol alterado tem aumentado.
“A frequência dos
exames depende do histórico individual. Se o colesterol estiver muito elevado ou
se a pessoa tiver outras doenças, os exames devem ser mais frequentes. Em geral,
quem tem níveis normais e sem outros fatores de risco pode fazer o controle
anualmente”, orienta a especialista.
Em alguns casos, o uso de medicamentos é
necessário — e pode ser mantido por toda a vida. “De forma geral, níveis de LDL
acima de 160 mg/dL indicam a necessidade de tratamento medicamentoso,
principalmente em quem já teve infarto, AVC ou tem risco aumentado. Nesses
casos, quanto mais baixo o LDL, melhor”, reforça Débora.
A especialista destaca
que o diagnóstico e controle precoce do colesterol “salvam vidas”, reduzindo
significativamente o risco de eventos agudos como infarto e AVC.
“Este dia serve
para lembrar que estamos diante de uma condição silenciosa, comum, prevenível e
com alto impacto na saúde pública. A conscientização é o primeiro passo para
mudar esse cenário”, finaliza a cardiologista e diretora médica do Hospital
Encore, Débora Rodrigues.
Tags
# isso é GOIÁS
cardiologista
colesterol
Cuidado
deborarodrigues
goias
hospitalencore
saude
vidasaudavel
.gif)




