Insuficiência Cardíaca: especialista explica sinais e destaca avanços no tratamento


A insuficiência cardíaca é uma doença crônica e progressiva que afeta milhões de brasileiros e representa uma das principais causas de hospitalização no país. Por isso, no mês de julho, foi celebrado o Dia Nacional de Alerta para a Insuficiência Cardíaca. A doença ocorre quando o coração perde a capacidade de bombear sangue de forma eficiente.  

“É como se o motor do corpo começasse a falhar, comprometendo o envio de oxigênio e nutrientes para os órgãos”, explica a cardiologista do Hospital Encore, Mariana Bello.


Dra. Mariana Bello, cardiologista do Hospital Encore


 A doença pode se desenvolver de forma silenciosa, com sintomas que muitas vezes só surgem em estágios avançados. Entre os sinais de alerta mais comuns estão: cansaço excessivo, mesmo durante atividades simples; falta de ar ao deitar ou durante esforços; inchaço nos pés, tornozelos e pernas; tosse persistente; desconforto na região do tórax e ganho rápido de peso devido à retenção de líquidos.

 “A insuficiência cardíaca é a fase final de muitas doenças cardíacas não tratadas. Por isso, o diagnóstico precoce e o controle rigoroso de condições como hipertensão, diabetes e doenças valvares são essenciais para evitar a progressão do quadro”, alerta a especialista.

 Segundo a médica, o transplante cardíaco é a única cura definitiva para a insuficiência cardíaca — e, no Brasil, é um procedimento real e acessível, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), sem distinção de classe social. 

No entanto, o transplante não é indicado para todos os casos, já que muitos pacientes apresentam contraindicações. Assim, o foco do tratamento está na abordagem clínica, que tem evoluído significativamente nas últimas décadas.

“Vivemos um período de poucas inovações, mas hoje contamos com medicamentos modernos que ajudam a controlar os sintomas e a retardar a progressão da doença. Ainda assim, a insuficiência cardíaca continua sendo uma condição grave: sua taxa de mortalidade supera a da maioria dos cânceres”, observa a cardiologista.

A especialista reforça a importância de estar atento aos sinais do coração e procurar avaliação médica ao menor sintoma. “Quanto mais cedo diagnosticamos, maiores são as chances de proteger o coração e garantir qualidade de vida ao paciente", conclui Mariana Bello.

 

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