Comunicação e inclusão em Foco: Hospital de Acidentados promove palestra sobre comunicação com todos os públicos

  


 


Goiânia (GO) - Como comunicar com clareza, empatia e respeito em um ambiente hospitalar? A resposta a essa pergunta foi o ponto de partida da palestra “Palavras que acolhem, gestos que comunicam: um hospital que fala com todos!”, realizada no dia 24 de julho, no Hospital de Acidentados.

A iniciativa, voltada aos colaboradores da instituição, reforçou um compromisso cada vez mais necessário na área da saúde: garantir uma comunicação acessível, acolhedora e eficaz com todos os públicos, inclusive com pessoas com deficiência auditiva.



A primeira parte da palestra foi conduzida pela jornalista e especialista em Comunicação e Marketing, Rosany Rodrigues da Cunha, que apresentou os pilares de uma boa comunicação no ambiente hospitalar. Ela destacou que, mais do que transmitir mensagens, comunicar na saúde é saber escutar, acolher e orientar com segurança.

“Na saúde, a comunicação clara, empática, acolhedora, ética e verdadeira é ainda mais essencial do que em outras áreas, pois uma pequena falha pode comprometer a credibilidade do profissional, a imagem do hospital e, o mais grave, o tratamento do paciente”, alertou Rosany.

Ela reforçou ainda a importância do conhecimento sobre os processos internos do hospital, destacando que, diante de dúvidas, o mais responsável é perguntar. “É sempre melhor buscar informação do que arriscar passar uma orientação incorreta”, orientou.



Na segunda parte do encontro, o foco foi a inclusão. A pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia clínica e institucional e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), Gláucia Martins da Cruz, trouxe informações valiosas sobre o atendimento a pessoas surdas, um público que representa cerca de 10 milhões de brasileiros, segundo o IBGE.

Ela abordou o tratamento adequado das pessoas com deficiência auditiva, explicando que o uso do termo surdo-mudo, comum no passado, é equivocado. Falou também sobre desafios e diretos das pessoas surdas, mas, principalmente, destacou como se comunicar com essa parcela da população.

A Libras é a linguagem oficial, mas exige anos de estudos e prática. Contudo, é possível melhorar, e muito, a comunicação diária com as pessoas com deficiência auditiva por meio de ferramentas, como a escrita em papel ou aparelhos celulares.

Manter a calma, paciência e segurança durante um atendimento à pessoa surda também é essencial. “As pessoas surdas são muito inteligentes, normalmente não buscam atendimento sozinhas e conseguem ajudar na comunicação”, explicou.



A empatia, o sorriso e a atenção, tão essenciais na linguagem verbal, também são muito importantes na comunicação com surdos. “Ao fazer gestos, sinais positivos, sempre mantenha o sorriso no rosto”, ensinou Gláucia, ressaltando que essa expressão acolhedora “quebra o gelo” e melhora a comunicação.

Durante a palestra, os participantes aprenderam sinais básicos em Libras e puderam aprender mais sobre como tornar o atendimento mais acessível e respeitoso. Com ações como essa, o Hospital de Acidentados avança em seu compromisso de ser uma instituição inclusiva, que respeita a diversidade e oferece não apenas cuidados de saúde, mas também acolhimento humano. Porque comunicar bem também é cuidar.

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