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No Brasil, cerca de 32 milhões de habitantes sofrem com a ausência de água tratada, aponta Trata Brasil
Por Brasil 61
      O Brasil ainda concentra cerca de 32 milhões de habitantes        vivendo sem água tratada. Mas segundo um estudo do Instituto Trata        Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados, se não        tivesse tanto desperdício de água própria para consumo, o país        teria capacidade para abastecer 54 milhões de brasileiros. Para a        presidente executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, esta        quantidade está muito acima do número de habitantes sem acesso ao        abastecimento de água em 2024.
      "A gente está falando de água que é captada no rio, que é        tratada, onde tem um investimento no uso de produtos químicos, na        filtração dessa água, no uso de energia elétrica, muitas vezes        para bombear essa água, e ela acaba sendo perdida nesse sistema de        distribuição antes de chegar na casa do cidadão", revela.
      Segundo Pretto, o "Estudo de Perdas de Água 2024 (SNIS, 2022):        Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil", busca        expor o problema econômico e social da ineficiência no controle de        perdas de água no país. 
      De acordo com a pesquisa, em 2022, o país registrou perdas no        faturamento de 32,62%, enquanto as perdas na distribuição        atingiram 37,78%. Na opinião do ambientalista e professor da        Universidade de Brasília (UNB), José Francisco Gonçalves, esses        números demonstram a necessidade de intervenção para melhorar        esses indicadores vitais do sistema de abastecimento de água. 
      "Água de boa qualidade chegando nas casas, sendo lançada nos        corpos receptores após um tratamento, é o desejável tanto do ponto        de vista ambiental quanto do ponto de vista de saúde pública e de        compromissos para a sustentabilidade", alerta.
      O relatório conclui que a universalização do saneamento básico        está diretamente ligada à tentativa de aumentar a eficiência no        controle e na redução de perdas de água. Conforme o levantamento,        o lento progresso mostra que existem dificuldades para alcançar as        metas pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico, de fornecer água        potável a 99% da população até 2033. 
      "É imprescindível combater as perdas de água para que, por meio        de sistemas de distribuição eficientes, possa-se garantir o acesso        pleno a esse recurso vital para todos os brasileiros", reforça        Luana Pretto.
      O Trata Brasil informa que a pesquisa foi elaborada a partir de        dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento        (SNIS, ano-base 2022).
    
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