![]()  |           
| Imagem de KamranAydinov no Freepik | 
Compras de laminados com menor teor de cobre e zinco sobem 500%
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil | Edição:        Kleber Sampaio
      Em mais uma medida para barrar a concorrência desleal de aço        importado a preços baixos, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex),        da Câmara de Comércio Exterior (Camex), estendeu medidas        antidumping para dois tipos de aços laminados a frio vindos da        China. O governo identificou que siderúrgicas chinesas estavam        reduzindo teores de cobre e de zinco às misturas para burlar a        maior tarifa de importação.
      De 2013 a 2019, a Camex tinha aplicado sobretaxa de US$ 629,44        por tonelada para esses produtos. A Secretaria de Comércio        Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e        Serviços (Secex-Mdic), no entanto, constatou o uso de artifícios        para burlar a medida.
      Quase inexistentes antes da aplicação da tarifa antidumping, as        importações das variedades com pequenas reduções no teor de cobre        e de zinco aumentaram 500% nos últimos anos.
      A investigação da Secex durou seis meses e constatou que as        importações dos aços modificados ocorreram somente com o objetivo        de frustrar a eficácia da medida antidumping que estava em vigor.        Segundo o Mdic, o governo recorreu à legislação de combate à        chamada circunvenção – importações de produtos com barreiras        comerciais que passam por terceiros países – para estender a esse        "novo aço" o antidumping existente.
      Tarifa antidumping
      Prática autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC),        a tarifa antidumping consiste na sobretaxação de produtos        produzidos abaixo do nível de custo. Esse tipo de medida tem como        objetivo proteger a indústria nacional de concorrência desleal com        produtos importados.
      Nos últimos meses, o governo tem tomado diversas medidas para        diminuir a ociosidade nas siderúrgicas nacionais. Em fevereiro, a        Camex restaurou as tarifas de importação para cinco itens. Em        abril, o órgão anunciou cotas de importação por um ano para 11        tipos de produtos de aço e taxação de 25% sobre o que exceder os        limites.
      Após os anúncios, as siderúrgicas brasileiras divulgaram a        intenção de investir R$ 100,2 bilhões no Brasil nos próximos cinco        anos.
      Segundo o Instituto Aço Brasil, de janeiro a março, o Brasil        importou cerca de 1,3 milhão de toneladas de aço, alta de 25,4% em        relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos anos, o        segmento criticava a concorrência desleal do aço estrangeiro, que        impedia o aumento da produção brasileira.
    
Tags
# isso é GOIÁS




