Em São Paulo, Daniel Vilela apresenta para investidores da B3 o projeto de concessão do Complexo Serra Dourada (Foto: Jota Eurípedes) |
Por Juliana Carnevalli - Agência Cora Coralina
O governador em exercício, Daniel Vilela, apresentou o projeto de concessão do Complexo Serra Dourada a um grupo de investidores da Bolsa de Valores (B3), na tarde desta segunda-feira (13/05), em São Paulo (SP).
“Queremos construir um edital adequado e que seja sustentável economicamente. Esse é um projeto prioritário para o Governo de Goiás; por isso, todo o time está empenhado”, destacou Daniel Viela ao detalhar as características e potenciais do Distrito de Esporte e Entretenimento.
A reunião para sondagem de mercado abriu espaço para a participação de potenciais licitantes, operadores, investidores, fundos, financiadores e outros interessados qualificados, bem como atores do mercado em geral. A contribuição desses agentes é considerada fundamental para aprimorar as particularidades da futura licitação, prevista ainda para esse ano.
Durante a apresentação, Daniel Vilela destacou a importância estratégica do Complexo Serra Dourada para Goiás e apontou que o Governo do Estado está comprometido em revitalizar e otimizar o complexo, “tornando-o uma nova centralidade para a capital goiana, levando vida e entretenimento 24 horas para o local”.
Ainda segundo ele, “os goianos estão ansiosos por essa reformulação, pois o Serra Dourada é um patrimônio da memória do nosso estado”.
Esse é um projeto prioritário para o Governo de Goiás”, destacou Daniel Viela ao detalhar as características e potenciais do Distrito de Esporte e Entretenimento. |
Esse é um projeto prioritário para o Governo de Goiás”, destacou Daniel Viela ao detalhar as características e potenciais do Distrito de Esporte e Entretenimento.
A expectativa é que, com a apresentação para grupos de investidores, a licitação tenha uma ampla concorrência, atraindo empresas e consórcios interessados em contribuir para o desenvolvimento do complexo. Além de melhorias físicas, espera-se que a concessão impulsione a economia local, gerando empregos e promovendo o turismo esportivo e cultural na região.
“O investidor precisa de segurança jurídica e política. E isso vocês vão encontrar em Goiás”, afirmou o governador em exercício. A fala foi complementada pelo secretário de Administração, Sérvulo Nogueira. “Goiás se preparou para esses investimentos. Tivemos a reorganização fiscal e organização administrativa”.
A próxima etapa é a elaboração do edital de licitação, que vai detalhar as condições, critérios e prazos para a concessão.
“Esse é um momento ímpar para o povo goiano. Vamos tornar esse espaço uma referência para todo o Brasil”, avaliou o secretário de Esportes e Lazer, Rudson Rosa Guerra.
Complexo Serra Dourada
O Estádio Serra Dourada é um patrimônio dos goianos, com capacidade para mais de 38 mil espectadores, já foi palco de grandes eventos esportivos e culturais.
“Sua reforma e modernização são essenciais para garantir que continue a receber competições de alto nível e atrações artísticas de renome”, salientou o presidente da Companhia de Investimentos e Parcerias (Goiás Parcerias), Diego Soares, ao destacar que o complexo não será privatizado, apenas concedido pelo prazo de 35 anos.
O diretor técnico da Goiás Parcerias, Heitor Camargo, explicou aos investidores que, além do estádio, o complexo Serra Dourada ainda conta com o Ginásio Valério Luiz de Oliveira (Goiânia Arena) e o Parque Poliesportivo, situado nos arredores.
“Trata-se de uma infraestrutura única no Brasil, levando em consideração todos os aparelhos situados no complexo e sua localização geográfica”, pontuou.
Modelo de modernização
Após análise minuciosa de estudos apresentados no decorrer de 2023, por três consórcios empresariais, o Governo de Goiás definiu, em fevereiro de 2024, a Progen S.A. como detentora da melhor proposta de reestruturação e modernização do Serra Dourada.
A empresa tem no currículo a reforma e revitalização do Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP). A perspectiva é de que, após o processo de licitação, o contrato seja assinado até o fim deste ano e as obras se iniciem em 2025. O investimento mínimo previsto é de R$ 270 milhões.