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Desemprego no Brasil recua para 7,9% no primeiro trimestre de 2024, menor nível desde 2014

Rendimentos dos trabalhadores seguem em trajetória de alta - Foto: Toninho Tavares / Agência Brasília

Índice aumentou 0,5 ponto percentual em comparação com o 4º trimestre de 2023


A taxa de desemprego no Brasil registrou queda no primeiro trimestre de 2024, atingindo 7,9%, o menor patamar para o período desde 2014, quando estava em 7,2%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (30/04).

Apesar da redução em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa era de 8,8%, o número representa um aumento de 0,5 ponto percentual em comparação com o quarto trimestre de 2023, quando a desocupação estava em 7,4%.

No total, 8,6 milhões de brasileiros estavam desempregados no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 6,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas uma queda de 8,6% na comparação anual.

A população ocupada atingiu 100,2 milhões de pessoas, uma redução de 0,8% em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 2,4% (2,4 milhões de pessoas) em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o aumento da taxa de desemprego foi ocasionado por um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre do ano, que levou à redução na ocupação.

Emprego formal bate recorde e puxa formalização - Infográfico ICL / Reprodução

Emprego formal em alta

Um destaque positivo foi a manutenção em bons patamares do emprego com carteira assinada no setor privado. Com 37,984 milhões de empregados nessa categoria, foi registrado o recorde histórico para os trimestres comparáveis, mesmo que tenha representado uma estabilidade estatística.

"A estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada", afirmou Beringuy.

No emprego sem carteira assinada, houve uma leve redução, com 13,4 milhões de trabalhadores nessa situação, contra 13,5 milhões no trimestre anterior.

Infográfico ICL / Reprodução

Rendimentos em ascensão

O rendimento real habitual médio teve alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 3.123. Na comparação anual, o crescimento foi de 4%. A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 308,3 bilhões, novo recorde da série histórica do IBGE, com variação inexpressiva em relação ao trimestre anterior e crescimento de 6,6% na comparação anual.

Apesar do aumento na taxa de desemprego em relação ao trimestre imediatamente anterior, os dados do IBGE apontam para uma melhora geral no mercado de trabalho brasileiro, com queda na desocupação em relação ao mesmo período de 2023 e avanços na formalização e nos rendimentos dos trabalhadores.

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