
Reservatórios responsáveis por reter as águas das chuvas e controlar a vazão do sistema de escoamento pluvial eliminam alagamentos e trazem tranquilidade para comunidades antes afetadas pelas chuvas
Josiane Borges, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira
      O Governo do Distrito Federal (GDF) tem realizado grandes          investimentos na ampliação do sistema de drenagem pluvial do DF.          Nos últimos quatro anos, foram investidos R$ 799,7 milhões em          obras de infraestrutura e na construção de 35 bacias de          contenção espalhadas pelas regiões administrativas (RAs). Sem          falar nos R$ 174 milhões investidos na construção da nova rede          de escoamento do Drenar-DF, na Asa Norte, a maior obra do tipo          já realizada na capital.
        Os reservatórios, integrantes do sistema de drenagem pluvial,          amortecem a vazão das águas das chuvas antes de chegarem aos          córregos, minimizando os riscos de erosão, enchentes e          alagamentos. "As bacias recebem no fim toda a captação das bocas          de lobo. Elas têm a finalidade de acumular os resíduos para          limpeza da água e lançar no corpo hídrico de maneira mais leve.          Isso impede que o córrego receba muita água no final das redes          de drenagem", explica o engenheiro civil e técnico da Secretaria          de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF), Márcio          Francisco Costa. A pasta é a responsável pela construção dos 35          reservatórios.
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| Os reservatórios amortecem a vazão das águas das chuvas antes de chegarem aos córregos, minimizando os riscos de erosão, enchentes e alagamentos | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília | 
A maioria das obras está em Vicente Pires, que recebeu 14          lagos e 40 dissipadores, dispositivos para reduzir a força da          água captada pela rede de escoamento. Os investimentos na Região          Administrativa passam dos R$ 340 milhões. "Na cidade tem várias          redes de lançamento e vários pontos de escoamento no Córrego          Vicente Pires. É um conjunto de bacias para retenção e          amortecimento da água, preservando o córrego e reduzindo os          alagamentos antes frequentes da região", diz Costa.
        Benefícios
        Depois das obras de drenagem e infraestrutura, os moradores          de Vicente Pires já não sentem o medo que durante décadas          vivenciavam quando fortes e prolongadas tempestades caíam na          cidade. O autônomo Claudimar Alves Lima, 53 anos, mora a poucos          metros da bacia de contenção na Rua 3B, e relembra a situação          vivida antes das melhorias executadas na rede de drenagem.
        "As pessoas que moravam aqui viviam com a mala na cabeça,          indo para uma região mais alta. Era um sofrimento quando não          tinha a rede de captação e nem a pavimentação, fazíamos valas          nas ruas para desviar o percurso da água", conta.
        Morando na cidade há quase 20 anos, ele acredita que, com os          reservatórios, as cenas de alagamentos frequentes em toda a          cidade diminuíram de maneira considerável, pois direcionou a          rede de água pluviais. "Toda a água das ruas 12, 10, 5 e 3,          descia para cá e com a força destruía tudo, os muros e portões.          Com a construção da rede de drenagem e da bacia melhorou muito.          Só penso que poderia melhorar um pouco mais se aumentassem a          vazão do reservatório", completa.
        A segunda cidade a receber o maior número de bacias é o Sol          Nascente. Na RA são oito lagoas e seis lançamentos diretos. O          investimento total é de R$ 300 milhões. "É uma grande área que          está passando por um processo de urbanização, foram implantadas          bacias e estamos construindo novas também", completa o          engenheiro Márcio Francisco Costa, da Secretaria de Obras.
        Ainda estão em construção os seguintes reservatórios:
        – Duas lagoas no interior do Parque do Cortado, que receberá          toda a drenagem da Avenida Hélio Prates, em Taguatinga, com          investimento de R$ 42 milhões;
        – Duas bacias na região dos setores de Garagem e          Concessionárias e Veículos (SGCV) e de Oficinas Sul (SOF Sul), o          investimento é de R$ 40 milhões;
        – Um reservatório no centro de Taguatinga, com aporte de R$ 3          milhões;
        – Uma bacia na Vila Telebrasília, com fomento de R$ 50          milhões;
        – Outras sete lagoas tiveram suas obras concluídas, e          receberam aportes de R$ 24,7 milhões, na DF-290, no Setor de          Inflamáveis, no Parque da Cidade e no Setor Habitacional          Bernardo Sayão, no Guará.
        Regulação e manutenção
        Os reservatórios são construídos atendendo a regulação e os          normativos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento          do DF (Adasa) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital          (Novacap). O convênio entre os órgãos atende a Lei Distrital nº          4.285/2008, que prevê um acordo entre ambas para fixar as          obrigações de cada instituição na política de drenagem pluvial          do DF.
        A Novacap, que é a responsável por coletar a água da chuva e          drená-la em galerias e esgotos pluviais, opera e mantém a          prestação do serviço público. Além disso, é cabe à companhia          analisar os projetos de drenagem em áreas públicas e privadas e          verificar se atendem às exigências da Adasa.
        Também é de incumbência do órgão a limpeza periódica das 84          bacias de detenção em operação no DF e dos demais dispositivos          como redes, bocas de lobo e poços de visita do sistema público          de captação pluvial.
        Atualmente, outros órgãos também executam obras de drenagem,          como a Terracap. A companhia imobiliária é a responsável pela          escavação da bacia de contenção do Drenar DF, localizada no          Setor de Embaixadas Norte. A estrutura ficará responsável por          reduzir o volume de água que desemboca no Lago Paranoá, evitando          o assoreamento do lago. Com a escavação praticamente concluída,          os serviços agora se expandiram para o plantio de mudas de          árvores, com o apoio da Novacap.
      
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