
Oito vacinas recomendadas para crianças com um ano de idade registraram alta na procura de janeiro a outubro
Por Brasil 61
      Mais de 2.100 cidades conseguiram aumentar a cobertura vacinal        em crianças com um ano de idade. Oito vacinas registraram alta na        procura, segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro.
      Cresceu a procura pelas vacinas:
      - Hepatite A
 - Poliomielite
 - Pneumocócica
 - Meningocócica
 - DTP (difteria, tétano e coqueluche)
 - Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) 1ª dose
 - Tríplice viral 2ª dose
 - Febre amarela, indicada aos nove meses de idade.
 
Com esse resultado, o Brasil atingiu a meta de 95% de aplicação        de imunizantes do calendário infantil considerados fundamentais        até o primeiro ano de vida. Na opinião do médico infectologista        Hemerson Luz, esse crescimento é resultado de uma estratégia que        levou em conta um planejamento de regionalização. 
      "É muito diferente planejar levar a vacina a um município do        Sertão do Nordeste, por exemplo, quando comparado com uma        comunidade ribeirinha na Amazônia. Além disso, a caderneta vacinal        está sendo digitalizada e os principais postos de saúde dos        municípios também poderão acessar a caderneta de qualquer        cidadão", avalia.
      Mesmo com esse aumento global na cobertura vacinal no Brasil, o        médico diz que ainda existem muitas diferenças regionais. "Alguns        municípios ainda não alcançaram uma cobertura vacinal como        planejado para impedir a disseminação de doenças. Como exemplo, o        sarampo, que é uma doença altamente transmissível, e que necessita        de uma cobertura vacinal elevada. E alguns municípios ainda não        alcançaram essa meta", lamenta.
      Cobertura ainda precisa aumentar
      Francisco Job, que também é médico infectologista, faz um        alerta: o cenário apresentado, por enquanto, é apenas uma reversão        de tendência. "Nós estamos muito longe ainda da cobertura vacinal        que nós já tivemos no passado, principalmente para algumas vacinas        específicas". O especialista destaca ainda que a vacinação de        idosos no Brasil também precisa de mais atenção.
      "Grandes lacunas precisam ser preenchidas por uma postura mais        proativa da atenção primária e das equipes de saúde de família.        Isso exige uma proatividade maior para aumentar a cobertura entre        os idosos da vacina da gripe e da vacina da Covid", ressalta.
    



