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| Banco Central do Brasil - Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil | 
Projeção de expansão da economia cai para 2,84%, diz BC
Pela terceira semana seguida, a previsão do mercado financeiro        para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) –        considerado a inflação oficial do país – teve redução, passando de        4,55% para 4,53% este ano. A estimativa está no Boletim Focus        desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo        Banco Central (foto) (BC) com a expectativa de instituições        financeiras para os principais indicadores econômicos.
      Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
      Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,91%. Para 2025 e        2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
      A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação        que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário        Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de        tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou        seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
      Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o        índice oficial superar o teto da meta em 2023 é 67%. A projeção do        mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da        meta prevista, fixada em 3%, mas ainda se situa dentro do        intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
      Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas pressionou        o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,24%, segundo o        Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O        percentual foi abaixo da taxa de setembro, que teve alta de 0,26%.
      A inflação acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12        meses, o índice está em 4,82%.
      Juros básicos
      Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como        principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida        em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após        sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a        subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por        economistas.
      O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela        terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes        de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Ainda assim, o        Copom indicou que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso        as condições tornem mais difícil reduzir juros.
      De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por        12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou        em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis.        Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa        foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
      Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida        para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em        1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de        covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a        produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de        agosto de 2020 a março de 2021.
      Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75%        ao ano. A última reunião do Copom em 2023 ocorre em 12 e 13 de        dezembro.
      Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia        para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de        Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.
      Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é        conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque        os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.        Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de        definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de        inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas        mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
      Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito        fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,        reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade        econômica.
      PIB e câmbio
      A projeção das instituições financeiras para o crescimento da        economia brasileira neste ano variou de 2,85% para 2,84%.
      Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a        soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de        crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro        projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.
      A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim        deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana        fique em R$ 5,05.
    
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