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Gastos de Bolsonaro no cartão corporativo aumentaram 108%, aponta deputado

Últimas três faturas do cartão corporativo de Bolsonaro dobraram a média do valor gasto por mês em 2021, aponta deputado. O parlamentar quer auditoria dos gastos para verificar se coincidem com período de campanha eleitoral. Desde 2019, Bolsonaro gasta mais que seus antecessores e mantém uso do recurso em sigilo

Foto: Facebook.

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) fez um levantamento no Portal da Transparência e identificou que os gastos deste ano no cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentaram 108% na média mensal em comparação com 2021.

As faturas de agosto, setembro e outubro deste ano somam R$9.188.642,20, média de R$3.062.880,73 por mês. Segundo Vaz, o valor supera em 108% a média mensal do ano passado, que foi de R$1.574.509,64.

Segundo informações do portal Congresso em Foco, o parlamentar apresentou requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara solicitando auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nas despesas de agosto a outubro. O deputado quer saber qual a natureza dos gastos nesse período em relação à média anterior, incluindo alimentação, hospedagem e passagens aéreas.

“Os valores são absurdos. Enquanto temos 33 milhões de brasileiros passando fome, Bolsonaro torra milhões com cartão corporativo, pago com dinheiro público, mantendo os gastos sob sigilo”, destaca Elias Vaz.

O deputado quer averiguar se as despesas coincidiram com a agenda de campanha do mandatário, que tentou ser reeleito para a presidência da República.

“É preciso passar um pente fino sobre esses gastos. A auditoria é fundamental para detectar se houve abuso no período eleitoral com recursos públicos”, apontou.

Logo no primeiro ano de mandato, em 2019, Bolsonaro ultrapassou os antecessores Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) no volume de dinheiro gasto em cartões corporativos. Para manter o sigilo sobre as operações efetuadas, o chefe do Executivo se baseia na Lei de Acesso à Informação, alegando que a divulgação das informações acerca dos gastos poderiam colocar em risco a segurança dele e de familiares.

Antes de assumir o mandato, Bolsonaro adotava um discurso contrário ao excesso de uso dos cartões corporativos, e chegou a acenar com o fim do mecanismo.

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