Marconi usou Rincón para reeleição e agora quer descartá-lo

Na presidência da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón foi o principal comandante do projeto de reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB), em 2104. Rincón distribuiu obras e bilhões em recursos entre as principais empreiteiras do Estado, patrocinou fartamente a imprensa goiana e comandou de perto a máquina de arrecadação da campanha tucana

Agora, diante do imenso desgaste de Rincón, Marconi quer se livrar do auxiliar.

Entre 2011 e 2014, a Agetop foi o órgão mais importante da gestão tucana. Os volumosos empréstimos junto ao governo federal foram repassados ao órgão comandado por Jayme Rincón. A recuperação das rodovias e a construção das principais obras tocadas pelo governo ficaram sob a responsabilidade de Rincón.

Com muito poder, Rincón foi o grande fiador do projeto de reeleição de Marconi Perillo. Tudo passava pela Agetop. Desde contratos com empreiteiras até recursos de publicidade. Inebriado, o homem-forte do governo Marconi anunciou até o projeto de disputar a eleição na capital.

O inferno-astral de Jayme Rincón, porém, não demorou a começar. Primeiro, as obras tocadas pela Agetop, tão logo a reeleição foi conquistada, foram paralisadas. Sem planejamento, os recursos terminaram antes das principais obras. Com muito esforço e adiamentos, Marconi conseguiu inaugurar o Hugol. As demais obras seguem paralisadas ou em ritmo lento.

Posteriormente, a Agetop foi alvo da Operação Compadrio. No início, Rincón tentou amenizar os efeitos da operação comandada pelo Ministério Público, mas aos poucos os detalhes foram surgindo e atingindo homens da confiança do presidente. Um dos principais diretores da Agetop e o ex-deputado Tiãozinho Costa foram presos, acusados de favorecimento em licitações. Nessa altura, a candidatura de Rincón ao Paço havia subido no telhado.

Para completar a ruína de Jayme Rincón, as obras comandadas pela Agetop mostraram-se de péssima qualidade. Uma a uma, as rodovias foram deteriorando-se, sem que houvesse mais recursos para uma nova manutenção de rodovias que deveriam permanecer em boas condições por muitos anos. Dessa forma, a credibilidade de Rincón no governo foi abalada. Mostrou-se semelhante às rodovias estaduais: esburacada. Foi o suficiente para que Marconi decidisse esvaziar completamente o auxiliar.

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